Em mais um episódio que evidencia o distanciamento entre a gestão pública e a realidade do povo, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, autorizou para si próprio a concessão de diárias para custear uma viagem à capital do estado, Natal, entre os dias 14 e 16 de julho. O recurso, proveniente dos cofres públicos, foi destinado a cobrir gastos com alimentação e hospedagem do chefe do Executivo mossoroense.
A portaria nº 152/2025, assinada pela Secretaria Municipal de Governo, deixa claro que a viagem é classificada como “agenda institucional”, sem detalhar os reais motivos ou benefícios diretos à população mossoroense. Enquanto isso, os moradores enfrentam filas nos postos de saúde, ruas esburacadas, falta de medicamentos e transporte coletivo precário.
A população pergunta: qual retorno concreto essa viagem trará para Mossoró? E mais importante: por que o prefeito, que recebe um dos maiores salários da administração municipal, precisa utilizar dinheiro público para bancar deslocamentos a serviço? Não deveria estar incluso no compromisso com a cidade o uso responsável dos recursos que pertencem ao povo?
Esse tipo de gasto escancara uma prática que se repete há anos na política brasileira: o uso de diárias como privilégio, muitas vezes em agendas questionáveis, enquanto a população lida com abandono e descaso. Em tempos de crise e escassez, a atitude do prefeito soa como um tapa na cara de quem luta diariamente para sobreviver.
A sociedade precisa estar atenta. É o dinheiro do contribuinte sendo usado sem a devida transparência, enquanto as prioridades da cidade seguem ignoradas. Mossoró não pode aceitar que a máquina pública seja usada em benefício próprio de seus gestores.
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