Enquanto prefeituras de cidades semelhantes se esforçam para otimizar os gastos com serviços públicos, Mossoró segue na contramão: gasta mais do que o triplo de Campina Grande (PB) com a coleta de lixo. Pior: esse gasto milionário pesa no bolso do contribuinte mossoroense(VOCÊ), sem que a população veja retorno equivalente em qualidade, pois o que se vê é uma cidade cada dia mais suja.
Levantamento feito pelo Blog do Primo revela que Mossoró tem o maior custo mensal e o maior custo per capita entre as três cidades nordestinas analisadas: Mossoró (RN), Campina Grande (PB) e Petrolina (PE). Os dados expõem uma diferença que levanta sérias dúvidas sobre a gestão do dinheiro público.
O peso do luxo na lixeira
Se compararmos os dados, o gasto de Mossoró é 363% maior que o de Campina Grande e cerca de 200% maior que o de Petrolina. Mesmo com menos habitantes, a Prefeitura de Mossoró gasta quase o dobro do que Petrolina, uma cidade com 122 mil moradores a mais.
E quem paga essa conta? O povo de Mossoró. Cada mossoroense desembolsa, indiretamente, cerca de R$ 14,87 por mês só com a coleta de lixo — quase seis vezes mais do que o cidadão campinense.
Por que tanta diferença?
A pergunta que não quer calar é: por que Mossoró gasta tanto? O contrato de R$ 118 milhões firmado com a empresa Vale Norte inclui serviços de varrição, coleta, capinação e roço. Mas os contratos de outras cidades também englobam esses serviços — por valores muito menores.
Será que a licitação em Mossoró foi justa? Houve concorrência de verdade? Os serviços prestados estão à altura desse custo bilionário? Essas são questões que o Ministério Público e a Câmara Municipal deveriam estar investigando com lupa.
Transparência e fiscalização já!
O Blog seguirá de olho. Enquanto os gestores de Mossoró preferem fazer vistas grossas, a população paga caro por um serviço básico. Em tempos de crise e arrocho fiscal, não é aceitável que dinheiro público vá para o lixo — literalmente.
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