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Crise financeira em Mossoró: déficit de R$ 200 milhões gera cortes e preocupa servidores

A Prefeitura de Mossoró enfrenta um grave problema financeiro ao fim do primeiro mandato do prefeito Allyson Bezerra (UB). Um déficit de cerca de R$ 200 milhões nas contas públicas tem gerado apreensão e críticas, tanto pela magnitude do rombo quanto pelas medidas que estão sendo cogitadas para contê-lo.

Segundo informações, a origem desse déficit estaria ligada a contratos milionários com prestadores de serviços nas áreas de saúde e limpeza urbana, frequentemente superfaturados. Além disso, o aumento nos custos de obras já concluídas, despesas elevadas com publicidade e projetos iniciados sem o devido planejamento, supostamente por motivações eleitorais, contribuíram para o desequilíbrio fiscal.

Servidores como alvo de ajustes

Para tentar reverter a crise, a gestão Allyson Bezerra teria colocado os servidores municipais na linha de frente das medidas de contenção. Um pacote de ações está sendo elaborado e inclui cortes em progressões funcionais e a redução de direitos trabalhistas, impactando especialmente os servidores efetivos.

Os primeiros afetados seriam os agentes de trânsito, que já teriam sido informados sobre alterações nas tabelas de progressão por titulação. A expectativa é que medidas semelhantes sejam estendidas a outras categorias, provocando temor entre os trabalhadores de que direitos conquistados ao longo de anos sejam enfraquecidos ou até eliminados.

Reajustes salariais em risco

Outro ponto crítico é a indefinição sobre o reajuste salarial para 2025. Até o momento, a Prefeitura de Mossoró não se pronunciou sobre o piso salarial dos professores, fixado em 6,27%, e tampouco respondeu às demandas do Sindiserpum (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró).

Para justificar a negativa aos reajustes, a equipe técnica e jurídica da gestão estaria preparando pareceres que visam sustentar a decisão de congelar aumentos, o que agrava ainda mais a insatisfação dos servidores e de suas representações sindicais.

Críticas e falta de transparência

A crise financeira e as medidas anunciadas têm gerado críticas severas à administração Allyson Bezerra. Representantes de trabalhadores e especialistas apontam para a necessidade de maior transparência na gestão dos recursos públicos e no planejamento orçamentário.

Embora seja inegável que a situação fiscal exige medidas para conter o déficit, a escolha de penalizar os servidores é vista como uma estratégia que aprofunda as tensões com as categorias trabalhistas e prejudica a prestação de serviços essenciais à população.

A condução dessa crise será um teste para a gestão Allyson Bezerra, que precisa equilibrar a responsabilidade fiscal com a manutenção dos direitos dos trabalhadores e a garantia de serviços públicos de qualidade. Enquanto isso, o déficit bilionário segue como uma sombra que compromete a confiança na administração e no futuro do município.

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