Slider de Anúncios Responsivo

Prefeito Allyson Bezerra ignora professores e usa a Justiça para barrar greve

Allyson Bezerra e a política de silenciamento: o desrespeito aos professores de Mossoró

Por Ronny Holanda

A gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB) mais uma vez mostra sua face autoritária ao recorrer à Justiça para barrar o direito legítimo dos professores da rede municipal de ensino à greve. Em vez de dialogar e atender às justas reivindicações da categoria, a administração optou por silenciar a mobilização, usando o poder judiciário como ferramenta de repressão.

Os educadores lutam pelo reajuste de 6,27% do piso nacional do magistério, um direito previsto em lei e essencial para garantir que seus salários acompanhem a inflação e o aumento do custo de vida. No entanto, desde dezembro, a gestão municipal tem ignorado sistematicamente a pauta da categoria, tratando com descaso aqueles que são responsáveis por formar as futuras gerações de mossoroenses.

A justificativa da Prefeitura para negar o reajuste — a de que já paga o piso da categoria — é no mínimo questionável. O piso nacional é um valor mínimo, não um teto salarial. Ignorar o reajuste significa, na prática, congelar os vencimentos dos professores, desvalorizando ainda mais uma categoria historicamente mal remunerada e pouco reconhecida.

Com a decisão do juiz Luiz Alberto Dantas Filho, que acatou os argumentos da gestão, Allyson Bezerra não apenas enterra o movimento grevista, mas também dá um recado claro: seu governo não tem interesse em negociar com os trabalhadores da educação. Prefere impor sua vontade pela via judicial a abrir espaço para o diálogo.

A atitude do prefeito expõe um modelo de gestão que privilegia o autoritarismo e a falta de sensibilidade social. Em um momento em que a educação deveria ser prioridade absoluta, o que se vê é um desmonte das condições de trabalho dos professores e uma tentativa de enfraquecer sua organização sindical.

Ao escolher a repressão em vez da negociação, Allyson Bezerra se afasta cada vez mais da promessa de ser um gestor democrático e comprometido com a população. O direito à greve é um pilar fundamental da democracia e do movimento sindical, e combatê-lo dessa forma só reforça o perfil autoritário de sua administração.

Resta saber até quando os professores — e a população de Mossoró — aceitarão ser tratados dessa forma.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *